2 de maio de 2011

Já doeu uma vez



Matar você. Matar, definitivamente, você aqui dentro. Todas as lembranças são torturantes. Passam e grudam. Insistem em ficar. Os dias passam como aqueles que não têm fim. Tentar matar você é acabar comigo, todo dia, aos pouquinhos. Sem dó, nem piedade. Como se cada pedacinho teu: fosse passando, sangrando as partes do meu corpo e deixando em carne viva. Tento, nunca deixei de tentar. Mas é tão difícil, Meu Deus. Eu desenharia cada gesto, recolocaria cada sentimento no lugar, só para você perceber, mas é dolorido demais. Eu deixei que tudo fosse embora, permiti que tudo fosse indo junto aos emaranhados dos dias, das semanas, dos meses. É difícil assim porque já doeu uma vez.


Era uma segunda-feira. Lembro que tentei dormir, mas não consegui. Escrever, coisas sem sentido, foi a forma que encontrei para suavizar aquela partida.


P.S.
Amar-se acima de tudo, para então me amar? Desejo mais do que sorte, desejo amor, para nós dois. Um café e um amor, quentes, por favor. Ah Doutor Caio...

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