18 de janeiro de 2011

bem-ME-quer / bem-TE-quer.



Hoje eu vou dar o braço a torcer. Sem ais nem uis. Mas com um sorriso gigante estampado na cara. É assim. Às vezes a vida nos prega peças inesperadas. E o que é melhor: nos mostra um jeito novo de caminhar. (Ou um caminho diferente a seguir). Sempre fui metida a ser dona do meu próprio nariz. Do meu espaço. Do meu dinheirinho que nunca sobra. Da minha liberdade, do meu jeito apressado de fazer tudo sozinha. Não tenho hora pra nada, sou meio cabeça-dura, ainda tomo sorvete no pote. E minto. Digo que vou começar a malhar, que comi direito, que dormi 8 horas, que eu me viro, que não precisa se preocupar, que aquela dorzinha passou, que está tudo bem, obrigada! Mas tem horas que não dá. Cansa fazer tudo sozinha. Cansa não ter ninguém ao seu lado. Cansa não dividir. Cansa não poder dizer: “Ei, pega pra mim?” Cansa fazer tudo e tentar ser tudo ao mesmo tempo. É, não é fácil. Dá um puta trabalho DAR CONTA DA GENTE. Mas sou atrevida por natureza e adepta da frase de Nietzsche: "Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia". Ai, Nietzsche você sempre soube! É isso mesmo. Eu odeio e assino embaixo. E odeio com todas as forças, com todas as letras, em capslock, de trás para frente, em inglês ou latim. EU ODEIO. Sou uma ótima companhia para mim mesmo, adoro ficar sozinha, lendo, escrevendo ou fazendo o meu nada. Prefiro me afundar em mim a ter que ouvir gente falando merda ou contando vantagem. (Desculpe a coleção de palavrões hoje, mas estou superlativa e palavrinhas não me bastam). Bom, mas deixa eu não me perder. Todo esse blablablá só pra dizer o seguinte: EU DEI A CHAVE DO MEU CORAÇÃO PRA ELE. Vocês ouviram? Eu, Ianny, brasileira, nascida em Natal e filha da dona Ana e seu Iranildo... Eu, bicho-grilo, espaçosa e anti-social... Eu, quase louca... EU DEI A CHAVE DO MEU CORAÇÃO PRA ELE. Eu, logo EU! De repente me vi olhando pra aqueles lindos através de uma tela e falei: TOMA, É SUA. Pega, entra e não vai embora. E ele entrou. Na minha vida. Mas admito que estou conhecendo (num gerúndio de amor sem fim) essa coisa maluca de gostar de verdade. É. De conhecer manias. Não, não tinha como dizer não. Ele é tão doce, o coração dele é tão grande e o jeito dele é tão determinado que eu fico feliz em saber que em breve sentirei seu perfume grudado na minha roupa (Alguém imaginava que um dia isso fosse acontecer?). A gente é tão igual e ao mesmo tempo tão diferente. Eu não tenho mais 15 anos e eu sei, eu sei, eu sei... Nem tudo é um mar de rosas. Teremos dias difíceis, relógios biológicos diferentes. Mas quer saber? Eu olho pra ele e fico pensando sozinha: será que alguém nesse mundo me faria tão feliz, mesmo de tão longe? Porque ele me escuta, me aguenta, me mima, me inspira, me faz sentir a mulher mais linda e especial do mundo. E eu acredito nele, acredito em mim e acho o gostar a coisa mais egoísta que existe. A gente ama o outro por tudo aquilo o que ele nos faz sentir. (E ser). É. Por ele esvaziei meu coração. Pra reciclar energias. Pra ele entrar, ocupar o espaço em branco. E ficar. Não importa vamos nos casar e morar na casa dos meus sonhos, branca com janelas azuis e um lindo jardim, se vamos nos matar daqui a um ano ou se o mundo vai acabar amanhã. Nada interessa. (Embora eu espere que tudo o que eu sinto dure pra sempre). Estou com coração nos olhos e um sorriso grudado na boca. Para mim, a melhor hora é ver o sorriso dele entrar porta adentro do meu coração. Nesse momento, o tempo pára e não há nada que me faça sentir como eu me sinto.



Adaptação - Autoria: O meu EU de menina.

Um comentário:

  1. ''...Nesse momento, o tempo pára e não há nada que me faça sentir como eu me sinto.''

    Congelar os momentos... mantendo-os quentes, vivos... Tenho aprendido um jeito de viver.

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